A exposição é uma experiência imersiva e multissensorial que se organiza de forma fluida percorrendo épocas, fatos e conteúdos da vida do B.B. King.

Estamos felizes em anunciar a exposição inédita do Rei do Blues no Brasil. No conceito de “B.B. King um mundo melhor em algum lugar” pegamos emprestado parte do nome do disco de 1981 para tratar de temas de segregação e inclusão. A trajetória de vida e superação de B.B. King é metáfora para tratar do tema maior, os preconceitos vivenciados por todos, até os dias de hoje, em nossa sociedade. Paralelamente à trajetória de B.B. King, a exposição ilustra outros movimentos de luta contra a segregação ao redor do mundo. A grande narrativa da exposição se dá na intersecção da vida de B.B. King, do panorama de lutas pelo mundo e pelo projeto expográfico, que por meio da linguagem visual narra a mudança do tempo rumo a um futuro mais plural e colorido. Uma grande timeline, no intervalo aproximado da vida do artista, conta a histórias de luta embaladas pelo blues. Relembrando as histórias e as adversidades, celebrando as conquistas e mirando um futuro melhor.

Os meandros do Rio Mississípi: potência, fluidez e conexão 

Para a criação conceitual do projeto da exposição estudou-se uma linha do tempo e do espaço que percorre a história de B.B. King e dos desdobramentos social e cultural da segregação, fluxo inspirado no curso meândrico do rio Mississípi. O rio se converte numa metáfora que traz a mistura de cores, texturas, e forma no movimento contínuo e fluido da vida. A exposição é uma experiência imersiva e multissensorial que se organiza de forma fluida percorrendo épocas, fatos e conteúdos da vida do B.B. King. O começo é uma entrada dura de segregação, onde a geometria preta e branca divide e separa. Pouco a pouco ela se converte em fluidos, finalmente se misturando numa paleta multicolorida da diversidade de cores e conteúdos, criando uma praça que celebra a diversidade e convida ao diálogo. No caminho da saída, fazendo contraponto a instalação P&B da entrada, o público fica multicolorido, se refletindo através espelhos e luzes, numa experiência lúdica e inspiracional. Primeira exposição inteiramente dedicada ao artista no Brasil, o projeto traz itens históricos da vida de B.B. King. Entre os destaques, estão imagens do acervo do B.B. King Museum, de diversas fases da carreira do artista, desde o jovem Riley Ben King, aos 23 anos, com o violão Gibson L48, de Michael Ocs, até seu retrato exibindo o prêmio de Melhor Álbum de Blues Tradicional na 42ª Cerimônia do Grammy, em 2000. Além disso, a mostra ainda conta com as credenciais de todas as turnês realizadas por B.B. King no Brasil, nos últimos 30 anos, em diversos espaços e configurações, um pin exclusivo temático distribuído por B.B. para fãs ao final dos shows, o primeiro troféu Grammy recebido pelo cantor em 1971 e a icônica guitarra Gibson Lucille, assinada por King em seu show em São Paulo em 1993. Realizada pelo MIS (Instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo), a exposição fica aberta de 26 de julho a 8 de outubro. O projeto tem curadoria de André Sturm e Cacau Ras, consultoria de Chris Flannery. Projeto conceitual e expográfico do Atelier Marko Brajovic, pesquisa e textos de Gabriela Antero, produção da Hybrida Production, cessão de acervo do B.B King Museum e apoio cultural do Belas Artes Grupo e Bourbon Street Music Club. “A água da fonte branca não tem melhor gosto do que a da fonte negra. Só precisamos compartilhar, isso é tudo.”