Habitar a Floresta

Localização
Belém, Amazônia COP30
Ano
2025
Categorias
Cenografia
Sobre o projeto

Atelier Marko Brajovic te convida a visitar a exposição Habitar a Floresta, que acontece no Centro Cultural Banco da Amazônia, Galeria 2, em Belém, na Amazônia –Brasil, a partir de 30 de outubro de 2025, que integra a programação oficial da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), com visitação gratuita.

A mostra apresenta um projeto expográfico que utiliza materiais e tecnologias sustentáveis, por meio de painéis de texto, vídeos, desenhos, fotografias e maquetes. Projetos arquitetônicos que evidenciam o diálogo entre arquitetura e saberes tradicionais, valorizando a sociobiodiversidade e propondo novas formas de habitar a floresta.

Escolas Comunitárias do Rio Negro é um dos treze projetos arquitetônicos convidados a integrar a exposição “Habitar a Floresta”, com curadoria de Fernando Serapião e Marcelo Rosenbaum. A mostra reúne construções realizadas na floresta amazônica que propõem novas formas de habitar em harmonia com a natureza e os saberes tradicionais, unindo arquitetura de vanguarda à preservação da mata e à redução das emissões de carbono. Os projetos foram desenvolvidos em colaboração com povos originários, comunidades ribeirinhas e quilombolas da Amazônia brasileira e de outros territórios latino-americanos, como Peru e Equador.

Sobre o projeto selecionado do Atelier Marko Brajovic:

O projeto Escolas Comunitárias do Rio Negro tem como propósito impactar positivamente a vida de mais de 750 crianças, aprimorando a infraestrutura escolar, garantindo melhores condições de ensino tanto para os alunos quanto para os educadores, e possui alto impacto social e baixo custo.
Até o momento, 12 escolas já foram construídas às margens do Rio Negro, com previsão total de 24 unidades.

Inspirado na arquitetura regional ribeirinha e indígena, o projeto resgata técnicas construtivas tradicionais e soluções bioclimáticas locais. As edificações apresentam coberturas elevadas com grandes águas, arquitetura palafitada, estrutura e fechamentos em madeira, além de ampla iluminação natural e ventilação cruzada entre módulos.

Cada escola é concebida a partir de um módulo base flexível, que pode assumir diferentes funções como salas de aula, cantina ou residência para professores — e se adaptar ao crescimento da comunidade, à topografia, à orientação solar, aos ventos e ao regime de chuvas.

O projeto valoriza a inteligência construtiva local, otimizando logística, construção e manutenção com técnicas tradicionais facilmente executadas pelas próprias comunidades. Toda a madeira utilizada é proveniente de manejo sustentável, muitas vezes reaproveitada de árvores das queimas, resultando em paredes e pisos de tonalidades variadas, que conferem identidade singular a cada escola.

O projeto arquitetônico foi uma doação do Atelier Marko Brajovic para a Fundação Almerinda Malaquias, dentro do Projeto Educação Ribeirinha. A construção das escolas tornou-se possível graças às doações da iniciativa privada, ao apoio da Expedição Katerre e do Mirante do Gavião, além do engajamento voluntário das comunidades envolvidas.

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