A exposição "Amphibious - vivendo entre a água e a terra na Amazônia” criada pelo Atelier Marko Brajovic foi concebida com base no tema “Como vamos viver juntos?” proposto pelo arquiteto e acadêmico Hashim Sarkis, curador geral da 17ª Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza, e será apresentado no Pavilhão Central (Giardini) de 22 de maio a 21 de novembro de 2021.
A pergunta proposta pelo curador geral da edição da bienal deste ano é de grande relevância e atualidade para o momento no qual estamos vivendo, oferecendo reflexões de ordem existencial da nossa espécie humana, tema que transcende a disciplina da arquitetura e finalmente envolve todas as áreas e públicos.
“No dia em que fomos convidados a participar da 17ª Bienal de Veneza, ficou claro o nosso propósito; responder ao tema da curadoria geral falando da Amazônia numa visão positiva e construtiva, apresentando pesquisas e projetos os quais se integram de forma simbiótica ao ecossistema natural e cultural da região.
A Amazônia é o lugar físico e metafísico onde se discute o futuro da vida na terra e o objetivo é trazer luz a iniciativa e colaborações que apresentam possíveis e positivos caminhos de convivência." comenta Marko Brajovic, fundador e diretor criativo do Atelier Marko Brajovic.
A exposição "Amphibious - vivendo entre a água e a terra na Amazônia” apresenta o processo de pesquisa e desenvolvimento de nove projetos de arquitetura, educação e comunicação em andamento na floresta amazônica brasileira assinados pelo Atelier Marko Brajovic
Cada projeto apresentado nesta exposição; escolas comunitárias, exposição itinerante, hotel ecológico na floresta, biblioteca flutuante, centro de cerimônias, biofábricas, museu de ciência e programas de educação avançada, se relacionam ao tema curatorial proposto, com a própria sensibilidade de interconexão com o contexto natural e cultura local.
Projetos de arquitetura, engenharia, educação e comunicação, estão sendo possíveis graças à colaboração com clientes, instituições e iniciativas alinhadas com propósito e capacidade de atuar na região com modelos inovadores e regenerativos, visando a manutenção da vida atual e futura de todos os seres.
Por mais de uma década o Atelier Marko Brajovic em colaboração com profissionais, cientistas, instituições acadêmicas e estudantes, vem pesquisando tipologias de arquiteturas indígenas e ribeirinhas, tecnologia de materiais leves, conhecimentos ancestrais, e modelos biomiméticos de organismos simbióticos na floresta amazônica.
Os nossos projetos arquitetônicos apresentam simultaneamente uma visão ancestral e também futurista de lugares de coexistência do ser humano entre si e com a grandiosa diversidade de espécies do bioma amazônico.
A bacia amazônica é uma paisagem líquida onde as fronteiras entre a terra e a água se movem constantemente, influenciando o ambiente biótico e abiótico. Dependendo do fluxo anual das águas, rios e lagos mudam completamente a morfologia da paisagem, onde humanos e outras espécies se adaptam a essas condições em transformação.
“Desde os tempos ancestrais, os humanos aprenderam a se adaptar a um ambiente em constante transformação, utilizando a energia, os materiais e as informações que fluem pelo sistema, entre a água e a terra. A arquitetura regional e as práticas agroecológicas manifestam uma sinergia altamente eficiente com os padrões de mudança do ambiente das estações chuvosas. Grandes civilizações surgiram nessas fronteiras rígidas e dinâmicas, onde milhões de pessoas viveram em sociedades altamente organizadas e ainda vivem vidas integradas a uma Amazônia em constante mudança. Da mesma forma, inúmeras outras espécies estão se organizando em colônias aliadas e relações simbióticas, criando assim condições resilientes para a vida. Tanto nos casos humanos como nos não humanos, a estratégia de sobrevivência é a mesma: cooperação e interdependência ”, explica Marko Brajovic. A Amazônia é um laboratório natural de alta tecnologia do futuro, o ecossistema mais avançado e complexo, a partir do qual podemos aprender e aplicar conhecimentos funcionais, comportamentais e estruturais para projetar futuros assentamentos em harmonia dinâmica com o meio ambiente amazônico.
Os conteúdos apresentados na exposição se organizam em nove mesas de desenhos manuais e digitais e com um modelo 3D no centro de cada uma, formando uma configuração orgânica na sala do Pavilhão Central (Giardini). As mesas redondas remetem a vitórias régias, instaladas de tal forma a permitir movimento livre entre cada uma e provocando inter-relações entre os projetos expostos em cada uma.
A ambientação temática da sala se apresenta como um “laboratório científico”, onde os desenhos “flutuam” no espaço e os modelos 3D translúcidos dos projetos, graças à retroiluminação, evocam um mostruário de "espécies" de organismos. Vídeos instalados em telas nas paredes, com filmagens de plantas flutuantes, comunidades ribeirinhas, florestas submersas e cerimônias indígenas, completam a imersão contextual da exposição.
O propósito da expografia, também assinada pelo Atelier Marko Brajovic, propõe uma experiência de evolução do lugar comum da comunicação da Amazônia, apresentando os conteúdos numa visão futurista da “alta tecnologia da floresta”; enquanto dimensão orgânica e cultural ancestral do bioma amazônico.
Apoio na produção da exposição:
Vento Leste
Instituições e clientes participantes na exposição;
Mirante do Madadá
- cliente: Mirante do Gavião - Amazon Lodges
Expedição Araquém Alcântara (AA50)
- cliente: Vento Leste
Modelo de Escolas Riberinhas do Rio Negro
- instituição: Fundação Almerinda Malaquias
Architectural Association Visiting School Amazon (AAVSA)
- programa academico: Architectural Association School of Architecture
Biblioteca Flutuante Comunitaria Mamori
- instituição: Goethe Institut and Prince Claus Fund
Laboratórios Criativos da Amazônia; Cacau-Cupuaçu (LCA C-C)
- iniciativa: Amazonia 4.0
Casa Cerimonial Ashaninka
- doação para: Ashaninka indigenous people
Museu da Ciência da Amazonia (MuCA)
- instituição: MuCA
Aldeia Nativa
- cliente: Aldeia Global
Atelier Marko Brajovic team:
Diretor Criativo: arq. Marko Brajovic
Diretor de Projeto: arq. Bruno Bezerra
Designer do Projeto: arq. Guilherme Giantini
Produtora de Conteúdo: arq. May Shinzato
Designer Gráfico: arq. Barbara Helena Morais
Designer Grafico; arq. Lucas Bio
Montagem
Green Spin
Creditos do video
Atelier Marko Brajovic
#BiennaleArchitettura2021
#VeniceBiennale2021
#HowWillWeLiveTogether
#Amphibious
#AtelierMarkoBrajovic
#AMAZONIAVIVA
@AtelierMarkoBrajovic
@MarkoBrajovic