Uns anos atrás desapareceram os macacos que viviam no pé da Serra. Se falava que era devido a febre amarela que supostamente se difundiu entre as famílias dos primatas. Nao sei, ficamos muito tristes.
No começo desse ano, o dia que começamos pensar numa casa que se conecta a magnitude das árvores, aí apareceram eles. Uma família de Macacos Prego, uma tribo completa! Eles voltaram, e nos ensinaram o caminho do porquê, onde e como fazer o projeto. A Casa Macaco foi inspirada na verticalida...
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Uns anos atrás desapareceram os macacos que viviam no pé da Serra. Se falava que era devido a febre amarela que supostamente se difundiu entre as famílias dos primatas. Nao sei, ficamos muito tristes.
No começo desse ano, o dia que começamos pensar numa casa que se conecta a magnitude das árvores, aí apareceram eles. Uma família de Macacos Prego, uma tribo completa! Eles voltaram, e nos ensinaram o caminho do porquê, onde e como fazer o projeto. A Casa Macaco foi inspirada na verticalidade da floresta, na possibilidade de nos aproximarmos as cristas das árvores, de forma gentil e sutil, se conectar com os seus inúmeros habitantes do reino da flora e da fauna.
A estrutura da Casa Macaco funciona de forma sinergética entre componentes de madeira intertravadas todas do mesmo perfil, revestida por pele de galvalume e isolamento termoacústico. A Casa Macaco foi assemblada numa área de mata secundária, instalada entre árvores, ocupando em planta 5m x 6m, evitando assim qualquer interferência na vegetação local.
A leitura da floresta e vertical. O horizonte se inverte, seguindo o fluxo da energia, matéria e informação do crescimentos das árvores para nos levar na procura da energia, da luz do sol.
As melhores soluções de design já estão na Natureza. Por 3.8 bilhões de anos, a vida cria soluções elegantes na inteligência e simplicidade.
Para desenhar a estrutura de suporte da Casa Macaco, ficamos observando quais plantas se adaptaram melhor a topografia do terreno e quais as estratégias adoptadas para permitir estabilidade no crescimento em altura. A juçara ou içara (Euterpe edulis) em Tupi, e uma palmeira endêmica da Mata Atlântica a qual se estrutura atraves raízes escoras, adaptando se assim ao terreno em declive e distribuindo os esforços dinamicos sobre múltiplos vetores garantindo estabilidade para o caule fino e bem alto.
Para o projeto da Casa Macaco implementamos a mesma estratégia, criando uma serie de pilares finos e densos, inspirados na morfologia adventista das raízes da palmeira Juçara, garantindo assim estabilidade na tipologia da construção vertical.
A tipologia da Casa Macaco e de casa vertical com dois quartos transformável em salas graças ao serviços da cozinha e banheiro serem organizados por fluxos independentes. Dois terraços laterais favorecem a ventilação cruzada e um generoso terraço no último andar cria um ambiente multifuncional para atividades física, de estudo e de meditação. A casa compacta tem 60m2 de área interna e outros 40m2 de áreas cobertas, proporcionando uma conexão muito forte com o contexto natural da floresta.
A Casa Macaco se abre em todas as direções, graças a teraços internos laterais e a varando no ultimo andar, proporcionado assim ventilacao natural e espacos de uso exterior cobertos.
A Casa Macaco e um um observatório. Um lugar de encontro e reencontro com outras espécies, para observar a Natureza fora e dentro de nós.