A exposição Design da Periferia, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com curadoria de Adelia Borges, nasceu com o objetivo de expor o acervo de artefatos cotidianos produzidos espontaneamente e de forma criativa coletados em diversas cidades e comunidades periféricas do Brasil.
O local, um edificio tombado, localizado no Parque Ibirapuera, batizado recentemente como Pavilhão das Culturas Brasileiras, abriga exposições, mostras e acervos relativos a valorização da...
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A exposição Design da Periferia, promovida pela Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, com curadoria de Adelia Borges, nasceu com o objetivo de expor o acervo de artefatos cotidianos produzidos espontaneamente e de forma criativa coletados em diversas cidades e comunidades periféricas do Brasil.
O local, um edificio tombado, localizado no Parque Ibirapuera, batizado recentemente como Pavilhão das Culturas Brasileiras, abriga exposições, mostras e acervos relativos a valorização da cultura brasileira.
O Atelier Marko Brajovic propõe como o conceito da cenografia do "Design da Periferia" uma “arqueologia” do design no contexto de uma ambientação conceitual, imersiva e finalmente funcional. Ele nasce da leitura de que a “topografia” existente no espaço de intervenção se estrutura naturalmente com uma “escavação” dentro do próprio edificio.
A estratégia de usar paradigmas compositivos e "tectônicos" de uma escavação introduz o visitante em uma experiência de narrativa e de descoberta. Nesta "escavação" será descoberta uma cidade com uma organização espacial que reproduz uma malha urbana "espontânea" da periferia. A "forma urbis" dessa cidade imaginária serve para criar diversas camadas de relacionamento entre o público e os objetos. Da "pele" íntima dos objetos do corpo e dos brinquedos, passando pelas paredes e um entorno doméstico até as ruas que expõem objetos do contexto urbano e público.
A materialidade da montagem se baseia em um iconico componente construtivo - um bloco de concreto comum - no contexto da construção da periferia, porém descontextualizado e neutralizado através uma coloração especial. O espaço da exposição foi inteiramente pintado na cor "azul Yves Klein" cuja função perceptiva e conceitual e oferecer um fundo infinito e imersivo dessa "escavação arqueológica" do mundo do design. Alem de realçar as formas, texturas e cores dos objetos expostos, absorve e regula o excesso de luz diurna que varia e permeia o espaço através das grandes janelas de vidro do Pavilhao. Os objetos possuem uma iluminação individual especial criando uma atmosfera intima em seu entorno.
Os conteúdos audiovisuais que acompanham e se relacionam com os objetos expostos, assim como a sinalização foram formatados como se fossem placas de identificação de um sítio arqueológico, nas quais constam as categorias gerais e fichas técnicas específicas de cada objeto.
Após o término da exposição os blocos de concreto utilizados serão doados, assim como o desenvolvimento de um projeto arquitetonico do Atelier Marko Brajovic, a fim de construir um centro de design na periferia.
Comissionado por: Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo
Curadoria: Adelia Borges
Formato: Exposição
Descrição do Trabalho: Conceipo cenográfico, projeto básico e executivo, acompanhamento na montagem
Equipe de Projeto
Autor: Atelier Marko Brajovic
Diretor Criativo: Marko Brajovic
Diretor de Projeto: Carmela Rocha
Arquitetos Colaboradores: Vinicius Capella, Ivana Jelic, Marina Ivic
Montagem e Equipe de acompanhamento da construção: Carmela Rocha e Ivana Jelic
Produção: Arx Gestão Cultural
Comunicação Gráfica: Rodrigo Berg, Carolina Ferres